Coração, orgão vital

As doenças cardiovasculares e os distúrbios do coração e da circulação são a principal causa de morte no Brasil, entre elas as mais conhecidas são infarto do miocárdio e Acidente Vascular Cerebral (AVC). No entanto, outras complicações menos conhecidas (mas não menos perigosas) também podem ser fatais, como aneurisma cerebral, angina, isquemia cardíaca e morte súbita. Em resumo, todos os males que atingem o coração e a circulação são responsáveis por mais de 30% dos óbitos registrados e correspondem a mais de 1 milhão de mortes por dia no país, o que significa cerca de 43 falecimentos por hora ou uma morte a cada 1,5 minutos (90 segundos). É muita coisa!

Os principais fatores de risco são pressão arterial alta, colesterol “do mal” alto, tabagismo, estresse, sedentarismo e diabetes. Sendo que apenas a pressão alta e o diabetes são heranças genéticas, isto é, as chances de se ter (sem poder escolher) são maiores, mas ainda assim controláveis, as demais causas podem ser evitáveis com hábitos saudáveis.

Adiar a visita ao cardiologista é uma negligência grave que fazemos a nós mesmos, especialmente depois dos 40 anos ou mesmo antes dessa idade, especialmente quando se tem algum histórico de problemas cardíacos na família. Os números comprovam a delicadeza da situação: as doenças cardiovasculares causam o dobro de mortes que aquelas devidas a todos os tipos de câncer juntos; de duas a três vezes mais que as causas externas (acidentes e violência), três vezes mais que as doenças respiratórias e quase sete vezes mais que todas as infecções juntas, incluindo a AIDS.

Muitas dessas mortes poderiam ser evitadas ou postergadas com cuidados preventivos e medidas terapêuticas. O alerta, a prevenção e o tratamento adequado dos fatores de risco e das doenças cardiovasculares podem reverter essa grave situação. Basta ir ao cardiologista.